Banco do Brasil financia instalação de mini-fábricas

12/07/2007
A Fundação Banco do Brasil vai investir cerca de R$ 240,8 mil para instalar a quinta, de dez mini-fábricas de castanha de caju que planeja para o Rio Grande do Norte. A unidade será erguida no Assentamento José Coelho da Silva, em Macaíba, com previsão de ser entregue em até 90 dias, de produzir inicialmente mil quilos de amêndoa/mês e de gerar 540 empregos, entre diretos e indiretos.

O convênio de cooperação financeira pelo qual a FBB, braço social do Banco, aloca os recursos, foi assinado na última segunda-feira. O dinheiro, não reembolsável, será aplicado na construção da mini-fábrica e na compra de todo o maquinário necessário às operações. A obra já foi iniciada e, se as chuvas não atrapalharem, deve estar pronta em no máximo 90 dias, com plena capacidade de produção, o que vai permitir os trabalhos ainda com a safra deste ano.

Essa unidade se soma às outras quatro já autorizadas no estado, das quais três atualmente funcionando nas localidades de Portalegre, Córrego (Apodi) e Mirandas (Caraúbas). A quarta será inaugurada em breve na cidade de Touros. Além disso, a FBB implantou uma central de comercialização em Serra do Mel, a partir da qual as amêndoas são selecionadas, classificadas e vendidas.

‘‘A produção está sendo vendida no mercado interno, mas estamos aprimorando a qualidade da amêndoa para partir para exportação’’, diz o consultor da Fundação Banco do Brasil, João Bosco Araújo Teixeira. Ao todo estão previstas para o RN dez unidades de beneficiamento ou mini-fábricas e mais uma central, também em Macaíba, para absorver a produção da região do Mato Grande. Elas serão entregues a associações ou cooperativas de pequenos produtores de caju, que também terão acesso à inclusão digital, já que ao lado de cada mini-fábrica será erguida, para eles, uma pequena sala com dez computadores.

Desenvolver a cajucultura é uma das frentes do Programa Trabalho e Cidadania da FBB, em parceria com a estratégia de Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco do Brasil, e do programa Fome Zero do governo federal. O programa, que também é realizado nos estados da Bahia, Ceará e Piauí, inclui ações em áreas como apicultura, caprinocultura e artesanato.

O objetivo, no caso das unidades de beneficiamento de castanha, é agregar valor à produção de pequenos produtores que antes vendiam a produção a atravessadores. Cada minifábrica deve gerar 40 empregos diretos e cerca de 500 outros indiretos, número que inclui os produtores de castanha. Como os operários, moradores das localidades que sediam as fábricas, ainda estão sendo treinados, hoje cada unidade processa 5 toneladas de castanha in natura/mês, o que gera uma produção de mil toneladas de amêndoa. Ao final de um ano, a expectativa é que atinjam a capacidade máxima de processamento, que é de aproximadamente 200 toneladas in natura por ano.

Além da Fundação, participam do projeto de construção das mini-fábricas as prefeituras locais, o Sebrae, a Emater, a Conab, a Fetarn, a Emparn, o Incra e as associações e cooperativas de produtores de castanhas.

Fonte: Jornal Diário de Natal
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