Secretaria garante distribuir sementes até 15 de fevereiro

25/01/2008
As sementes para os agricultores potiguares serão distribuídas até o dia 15 do próximo mês, garante a Secretaria estadual de Agricultura e Pesca (Sape). Mas, para a Fetarn - entidade que representa a os trabalhadores da área - esse prazo significará atraso na plantação. A entidade diz que os insumos deveriam ter chegado entre o fim de dezembro e o início deste mês, para haver tempo hábil para aproveitar as chuvas. A Sape ainda aguarda recursos do orçamento do Estado deste ano para comprar as sementes.

De acordo com informações da Secretaria, foi feita na segunda-feira passada a licitação para a compra de 185 toneladas de sementes - de algodão, feijão, sorgo - e 250 mil mudas de cajueiro. O investimento será em torno de R$ 1,9 milhão. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a instituição está aguardando apenas a liberação de recursos do Orçamento Geral do Estado (OGE) para finalizar a compra, mas a previsão é que o processo seja concluído até o dia 15 do próximo mês.  Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (Fetarn), Manoel Cândido, o atraso poderá comprometer as plantações, uma vez que a época ideal para que as sementes estejam disponíveis é entre o fim de dezembro e o início de janeiro. Ele destaca que as sementes já deveriam estar com os agricultores, uma vez que diferenças de poucos dias pode significar perda ou ganho em uma plantação.

Bancos

As sementes compradas pelo governo estadual são distribuídas em cerca de 440 bancos de sementes espalhados pelo RN, que funcionam no estado desde 2005. São armazéns implantados com recursos estaduais e federais, equipados com máquinas como batedeiras (que retira as impurezas das sementes) e gerenciados pelos próprios agricultores.

Segundo Manoel Cândido, o sistema do banco funciona da seguinte forma: o agricultor retira as sementes e “paga” com grãos, que são utilizados pelo Estado como alimento. Ele explica que os grãos não podem ser reintroduzidos nos bancos como sementes porque, para isso, precisariam de processos que não estão disponíveis para os agricultores. Desta forma, as plantações ficam dependendo desta distribuição por parte do governo estadual.
 
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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