O Governo do Estado inicia nesta segunda-feira (18) a execução das obras de implantação da nova adutora do Jiqui. Os trabalhos começam com as escavações em Potilândia, na avenida Capitão Mor Gouveia onde passará a tubulação da sub-adutora que levará água às Estações Elevatórias Lagoa Nova I, no Centro Administrativo e Lagoa Nova II, próximo ao Campus Universitário. Paralelo a esses serviços, o levantamento topográfico da adutora está sendo realizado com previsão para concluir antes do final da próxima semana. A nova adutora vai custar R$ 13,6 milhões sendo R$ 3 milhões para serviços e R$ 10,6 milhões na aquisição de material. A previsão para conclusão das obras será 12 meses.
Os recursos são oriundos de empréstimo contraÃdo pelo Governo do Estado à Caixa Econômica Federal, dentro do Programa Saneamento para Todos, do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A água distribuÃda pela adutora vai diluir o produto captado em alguns poços de Natal que apresentam teor de nitrato acima de 10 miligramas por litro, além de ampliar a produção de 1.400 para 2.600 metros cúbicos por hora. Os Bairros atendidos com a construção da nova adutora são Alecrim, Quintas, Nova Descoberta, Potilândia, Morro Branco, Praia do Meio, Santos Reis, Tirol, Barro Vermelho, Lagoa Seca, Pirangi, Ribeira, Rocas, Mãe Luiza, Cidade Alta, Lagoa Nova, Dix-Sept Rosado, Bairro Nordeste e Cidade Alta, beneficiando 405 mil habitantes.
Graças ao monitoramento rigoroso feito pela Caern, foi possÃvel detectar a presença do nitrato nos poços, resultando na desativação de 26 deles nos últimos anos. Por meio do monitoramento, a empresa detecta os pontos especÃficos onde o nitrato tem Ãndices acima de 10 mg/l, informando aos consumidores através das contas mensais de água e esgotos. Este procedimento adotado pela Caern desde 2004, sendo a primeira concessionária de serviços de água e esgotos no Brasil a adotar tal prática, é uma forma de manter um relacionamento transparente com os consumidores.
Nas contas constam os Ãndices de cloro residual, coliformes totais, nitratos, P.H e turbidez, bem como os valores mÃnimos e máximos, de acordo com a Portaria do Ministério da Saúde.
ZONA NORTE - Para atender alguns pontos dos conjuntos Gramoré e Pajuçara na zona Norte, onde foi registrada a presença do nitrato acima de 10 mg/litro, a Caern vai construir uma adutora com três quilômetros de extensão para transportar água captada através de quatro poços já perfurados à margem esquerda do rio Doce, onde não há presença de nitrato. A obra está em fase de contratação e custará R$ 853,2 mil.
O diretor-presidente da Caern, Antônio Carlos Theóphilo Costa, afirma que os prazos definidos pela justiça para solucionar o problema do nitrato são difÃceis de cumprir porque não há como fazer dispensa de licitação em situações que envolvam recursos federais e em valores elevados. A empresa consultou a Procuradoria Geral do Estado sobre a possibilidade de implantar a adutora do Jiqui, em caráter emergencial, juntamente com o Ministério Público, e não conseguiu amparo legal.
Além da adutora do Jiqui, o Governo do Estado está desenvolvendo uma série de ações para ampliar a rede de esgotamento sanitário da capital. Hoje Natal possui 33% de coleta de esgotos mas a Caern espera atingir 60% da capital nos próximos dois anos, graças aos recursos assegurados pelos governos federal e estadual. Com a conclusão da Estação de Tratamento Central no Baldo, ainda este ano, a empresa vai tratar esgotos de 21 bairros, entre eles Candelária, concluÃdo recentemente. Os bairros Mãe Luiza e Nossa Senhora da Apresentação, este último em parceria com a Prefeitura Municipal, estão com obras em andamento.
Fonte: Assecom/RN