Embrapa e Ufersa vão recuperar áreas de caatinga no RN

01/04/2008
As áreas de caatinga que estão degradadas nos municípios do Alto do Rodrigues, Macau e Mossoró passarão por um processo de reflorestamento. O trabalho será coordenado pelos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMBRAPA) e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

O projeto será financiado pela Petrobras. Os pesquisadores vão usar tecnologias de recuperação de solos degradados já desenvolvida pela Embrapa Agrobiologia, que foram aplicadas com muito sucesso em várias outras regiões do país. Inicialmente serão plantadas 3.200 mudas, que foram produzidas com tecnologia da Embrapa no viveiro da Ufersa-Mossoró.

São mais de trinta espécies diferentes, sendo dez da família das leguminosas (base da tecnologia de recuperação). A maior parte é nativa da Caatinga. Segundo o pesquisador Alexander Resende, a Embrapa já tem montado um protocolo de produção e plantio de mudas.

Neste projeto serão avaliados o desenvolvimento das espécies na região da Caatinga e também a sua influência na recuperação das áreas, usando a fauna do solo como indicadora de qualidade. A busca de alternativas econômicas para essas áreas, a partir de sistemas agroflorestais também é uma meta desse projeto. Tecnologia utiliza leguminosas inoculadas com microorganismos.

A Embrapa Agrobiologia desenvolveu há mais de vinte anos uma tecnologia de recuperação de áreas degradadas utilizando plantas da família das leguminosas inoculadas com bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos.

As leguminosas associadas a esses microrganismos se tornam mais resistentes a estresses ambientais e conseguem sobreviver em solos onde a camada fértil foi retirada.

A assessoria do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA) informa que mais de 70% do Estado está em processo avançado de desertificação. O destaque em termos de desertificação é a região Seridó, seguida do Vale do Açu. As principais causas da desertificação são escassez de chuvas e retirada de lenha para a indústria cerâmica.

Fonte: Jornal de Fato
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