Chuvas deixam moradores de Porto do Mangue desabrigados

08/04/2008
A cidade de Porto do Mangue é uma das que mais afetadas pelas chuvas que tem caído nos últimos dias. Várias partes do município estão cobertas por água. Em muitos locais é possível ver apenas os telhados das casas, parte das famílias desagrigadas está sendo levada para Areia Branca. A localidade de Logradouro ficou submersa e o cais da cidade já caiu com as forças das correntezas.
A fruticultura e a carcinicultura estão bastante prejudicadas. As fazendas localizadas em Porto do Mangue e Pendências são responsáveis por 30% da produção de camarão no Rio Grande do Norte. Na região, plantações de fruticultura chegaram a ser totalmente devastadas.

Levantamento

A Emater está fazendo o levantamento dos prejuízos em todas as regiões do Estado.`A economia potiguar foi muito afetada. Estamos buscando formas de diminuir os danos provocados. São linhas de créditos especiais, condições de recuperar a infra-estrutura dessa empresas`, afirmou o diretor presidente da Emater, Luiz Cláudio Macedo.

Uma outra preocupação da Emater, é com a possível contaminação dos animais. `Como as águas estão tomando conta das plantações, dos viveiros de camarão, estamos atento para a questão da contaminação dos animais, pois alguns microorganismos podem causar problemas de saúde nos animais e consequentemente no homem`, alertou Luiz Cláudio.

Soluções

A partir de hoje, Iberê Ferreira conversará com representantes dos setores atingidos na busca de soluções para a grave situação dos empresários. `O Governo não está preocupado apenas com os problemas de hoje, as enchentes, mas também com a situação do amanhã: os prejuízos econômicos, que podem ser ainda mais graves` afirmou o vice-governador.

A Secretaria de Infra-Estrutura do Estado (SIN) tem um projeto audacioso, mas a longo prazo, que resolveria dois problemas de uma vez só. `A idéia que nós temos, é que ao longo dos três principais rios do Estado, Trairi, Piranhas e Potengi, fossem feitas pequenas barragens para acumular até 20 milhões de metros cúbicos de água. Com isso seria possível controlar a vazão e perenizar os nossos rios”, disse o secretário Adalberto Pessoa.

Mas segundo o próprio secretário, essa é uma obra para os próximos governos, o que a SIN vai fazer, com autorização da governadora Wilma de Faria, é realizar os estudos e fazer os projetos. “Essa é uma obra que não dá para realizar nesse governo, nossa contribuição será com o projeto. Pelos estudos iniciais, a obra custaria mais  de dois bilhões de reais”.

Com informações da Tribuna do Norte.
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