Cerca de 500 policiais federais deram inÃcio, na manhã desta quarta-feira, 9, à Operação Pasárgada, com o objetivo de pôr fim a um esquema de liberação irregular de verbas do Fundo de Participação dos MunicÃpios (FPM) com prejuÃzo para os cofres públicos que pode ultrapassar R$ 200 milhões.
Segundo a PF, serão cumpridos 100 mandados de busca e apreensão e outros 50 mandados de prisão em Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. A quadrilha era formada por magistrados, prefeitos, advogados, procuradores municipais, assessores e lobistas.
O esquema consistia em, a partir de decisões judiciais, repassar a municÃpios em débito com o INSS a verba federal do FPM. Ficou também evidenciado no curso das investigações que os prefeitos contratavam, sem licitação, um escritório de advocacia, supostamente de um lobista, que oferecia indevidas vantagens a juÃzes e servidores da Justiça para obter decisões favoráveis e posteriormente repartia seus honorários com os prefeitos.
FPM
O FPM é uma transferência constitucional, composta de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A distribuição dessa verba é executada de acordo com o número de habitantes dos municÃpios. São fixadas faixas populacionais, cabendo a cada uma delas um coeficiente individual.
O mÃnimo é de 0,6 para municÃpios com até 10.188 habitantes, e o máximo é 4,0 para aqueles acima de 170 mil. Mais de 4 mil municÃpios têm o FPM como principal fonte de receita. No ano passado, o Congresso aprovou um aumento de um ponto porcentual do FPM. Segundo a proposta de emenda constitucional, o valor subiu de 22,5% para 23,5% da arrecadação total do IR e IPI.
Fonte: Agência Estado