Comissão aprova inclusão de ramal ferroviário que liga RN à Transnordestina

17/04/2008
Setor ativo no passado, responsável pelo fortalecimento da economia regional, o transporte de cargas e passageiros por meio de ferrovias poderá ser a alavanca que falta para impulsionar o desenvolvimento do município de Areia Branca, gerando emprego e renda.
 
O primeiro passo já foi dado, com a aprovação em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 5095/05, do deputado federal Betinho Rosado (DEM), que inclui na Ferrovia Transnordestina o entroncamento ferroviário EF-410, que liga Areia Branca e Mossoró, no Rio Grande do Norte, a Sousa, na Paraíba.
 
A CCJ, cujo relator é o deputado Luiz Couto (PT-PB), aprovou ainda o substitutivo da Comissão de Viação e Transportes ao projeto. O texto também inclui na Transnordestina o ramal EF-225, que liga as cidades paraibanas de Cabedelo, João Pessoa e Sousa ao entroncamento EF-116 - que chega a Arrojado, no Ceará.
 
Todos esses trechos ferroviários estão incluídos na relação descritiva das ferrovias do Plano Nacional de Viação.
 
O relator, deputado Luiz Couto, votou favorável à proposta, que será encaminhada para análise do Senado. O objetivo do projeto do deputado potiguar, Betinho Rosado, é permitir o uso pleno e integrado da infra-estrutura de transporte na região, contribuindo para o desenvolvimento dos municípios da área de influência da ferrovia.
 
A Transnordestina, segundo o Ministério dos Transportes, é uma ferrovia importante não apenas para Pernambuco, onde está o maior trecho a ser construído, mas para todos os estados nordestinos, desde o Maranhão até a Bahia, interligando os pólos de produção agrícola, mineral e industrial da região.
 
Projeto conta com ramificações regionais
 
O sonho de um ramal ferroviário passar por  Areia Branca não é de agora. No ano passado, a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) levou à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico um estudo de viabilidade técnica e econômica de um ramal ferroviário que seria implantado no trecho Mossoró-Natal
 
De acordo com o projeto divulgado, além de uma linha para São Gonçalo, as derivações do ramal contemplariam ainda uma linha de ligação entre Ceará Mirim, Afonso Bezerra, Macau e Guamaré para fomentar o escoamento da produção de sal, gás e petróleo.
 
A linha férrea para Assu-Jucurutu e Mossoró-Areia Branca visaria a produção de minérios.
Nos recursos previstos para a execução do projeto, em torno de R$ 1 bilhão, estava incluída a construção de um terminal graneleiro no canal de Areia Branca para embarque de ferro, cal e calcários destinado à exportação.
 
A obra, à época, era necessária para atender a nova demanda que irá surgir com as obras de repotencialização do Porto-Ilha, que irá dobrar a capacidade daquele terminal, dos atuais 35 mil toneladas para 80 mil.
 

Fonte: O Mossoroense
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