Chuvas intensas afetam setores exportadores do RN

13/05/2008
O mês de abril, as chuvas atingiram as áreas produtivas do Vale do Açu e provocaram queda nas vendas para o exterior. No último mês foram exportados 20,9 milhões de dólares, contra 24,7 milhões de dólares em abril no ano passado, provocando uma queda de 15,2%.

De acordo com os dados divulgados através da Secretaria do Desenvolvimento Econômico - Sedec, o resultado, no acumulado do primeiro quadrimestre do ano, não podia ser diferente: redução nas exportações de 4,3%, comparados ao mesmo período do ano passado, fixando a marca de 115,9 milhões de dólares em 2008, contra 121,1 milhões de dólares em 2007.

Dentre os produtos mais afetados estão a banana e o camarão. O plantio da fruta, que praticamente permaneceu em sua totalidade debaixo d`água, foi o mais atingido. Se comparado aos 2,8 milhões de dólares exportados em abril do ano passado, a queda este ano foi de 80% nas exportações de banana. O camarão, setor que prometia estabilizar a queda nas exportações neste ano, teve parte de sua produção, no Vale do Açu, prejudicada pelo excesso de água, com uma queda de 60% nas vendas externas do último mês de abril em relação ao mesmo mês do ano de 2007.

Soluções

Apesar dos problemas temporários causados pelas chuvas, o Governo do Estado busca soluções imediatas para diminuir os prejuízos dos empresários. `O Governo do Estado está buscando alternativas para dar apoio ao setor da fruticultura irrigada para facilitar a recuperação do setor em curto prazo. E como ação concreta, o governo quer iniciar de imediato a devolução do ICMS após receber o repasse do Governo Federal dos impostos da Lei Kandir`, afirma o secretário do Desenvolvimento Econômico, Marcelo Rosado.

Dos 27 maiores produtos do Rio Grande do Norte em exportação, até o momento 14 indicaram um balanço favorável neste início de ano, como por exemplo a castanha-de-caju, o álcool, o melão e a indústria têxtil. Apesar disto, estes aumentos poderão não ser suficientes para compensar o prejuízo econômico e social em decorrência da demora na retomada dos níveis de produção anteriores para a banana, o sal e o camarão, quebrando assim a tradição de crescimento nas exportações do Estado nos últimos anos.

Com informações da Gazeta do Oeste.
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