RN ainda aguarda mudança sobre classificação de risco de aftosa

29/05/2008
No momento em que dez outros estados e o Distrito Federal recuperam o status de áreas livres de febre aftosa, o Rio Grande do Norte, que não registra casos da doença há quase duas décadas - pelas contas dos pecuaristas - continua em compasso de espera para sair de `zona de risco desconhecido` para `zona de risco médio.

A mudança promete novas perspectivas comerciais e de expansão à atividade potiguar. Segundo expectativas do Governo do Estado a mudança seria anunciada até este mês, mas ainda depende, no entanto, de declaração do Ministério da Agricultura para ser concretizada. ‘Estamos ansiosos por isso’, frisa o presidente do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn), Romildo Pessoa, enfatizando que ‘o dever de casa foi feito’, todas as exigências do Ministério, de olho na reclassificação, foram cumpridas.

A última delas era a contratação dos profissionais concursados para trabalhar no Instituto, que já foi iniciada. Em abril deste ano, durante o lançamento da campanha de vacinação contra a febre aftosa, a governadora Wilma de Faria - antes mesmo de cumprir a última exigência - dava como certo a reclassificação até o início de maio. É que havia o compromisso do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes de que, tão logo houvesse pessoal no Idiarn, uma nova auditoria seria realizada no estado e a mudança de status ocorreria.

Essa era a última das 13 exigências que o Rio Grande do Norte precisava cumprir para subir um degrau na classificação, que enquanto for de risco desconhecido limita o desenvolvimento da cadeia pecuarista. No estágio em que se encontra há anos, o RN, segundo representantes do setor, tem perdido mercado de forma ‘violentíssima’. Os prejuízos são provocados, entre outros motivos, porque, como estão em área de risco desconhecido, os criadores não podem levar os animais a estados com classificação mais avançada, enfrentando barreiras de comercialização, à participação em eventos e para mostrar fora do Rio Grande do Norte que o rebanho tem alta qualidade genética.

‘A questão da mudança depende só da publicação da portaria do Ministério. Estamos aguardando ansiosamente por isso’, reforçou ainda Pessoa, sem saber informar se há intenção por parte do governo de ir até o ministro mais uma vez tratar do assunto.
O Ministério da Agricultura foi procurado para prestar maiores informações, mas os porta-vozes participam junto ao ministro até este fim de semana da 76ªSessão Geral plenária da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França.

Com informações do Diário de Natal.
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