Femurn participa de ação do Sebrae e MDR para fortalecer cadeias produtivas e rotas regionais

29/06/2021

O Sebrae Nacional e o Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), assinaram, nesta segunda-feira (28), um Acordo de Cooperação Técnica para desenvolver ações de fortalecimento de cadeias produtivas e rotas de integração nacional. O objetivo é promover o desenvolvimento econômico por meio do avanço do ambiente de negócios e de políticas públicas nas áreas de sustentabilidade, inovação, acesso a mercados e interiorização do turismo. As ações começam pelo Rio Grande do Norte, que terá a execução de um projeto-piloto, envolvendo a Rota do Cordeiro e as cadeias produtivas da moda, queijo e mel. O evento contou com a presença do presidente da Federação dos Municípios do RN (Femurn) e prefeito de São Tomé, Babá Pereira.

Realizada na sede do Sebrae, em Natal, a solenidade contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, do diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, que participou da cerimônia de assinatura do ACT, representando o diretor-presidente do Sebrae Nacinal, Carlos Melles, e dos dirigentes do Sebrae-RN, Marcelo Queiroz (presidente do Conselho Deliberativo), José Ferreira de Melo Neto (diretor superintendente), João Hélio Cavalcanti (diretor técnico) e Marcelo Toscano (diretor de operações). O evento contou com a participação do Prefeito de Natal, Álvaro Dias, e outras autoridades municipais e das esferas estadual e federal, secretários de estado, parlamentares da bancada federal do RN.

“Por mais simples que possa parecer, esse acordo é extremamente importante. Cremos que a maior e mais importante ferramenta que temos no país de apoio ao pequeno empreendedor é o Sebrae. A tecnologia e a inovação são potencialmente relevantes para a mudança de cenários”, destaca o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Integração Nacional

Também participaram do evento no Sebrae o diretor do Desenvolvimento Regional e Urbano, Francisco Soares de Lima Júnior, o secretário Nacional do Saneamento, Pedro Maranhão,  o Secretário estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar, Alexandre Lima, e o deputado federal, Beto Rosado.

As ações que serão desenvolvidas pelos estados terão como base eixos transversais, envolvendo ambientes de negócios e políticas públicas voltadas para os pequenos negócios, promoção da inovação e da sustentabilidade dessas empresas, o acesso a novos mercados, fomento a iniciativas de impacto social e à economia criativa, além de articulação para interiorização do turismo no país. 

“Era um sonho antigo do Sebrae que só agora está se concretizando. Há 15 anos, conseguimos aprovar o Estatuto da Micro e Pequena Empresa (Lei Geral), que já previa políticas públicas para os pequenos negócios. Entendemos que essa nossa relação com os municípios potencializa vocações locais. Essa parceria promete ser uma mudança de patamar para potencializar rotas de integração, que no RN são essas apresentadas, mas vamos identificar em outros estados também”, garante o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick. “A beleza dessa iniciativa é revelar as belezas do Brasil”.

Iniciativa piloto

O projeto-piloto previsto para o Rio Grande do Norte terá duração de 24 meses e envolverá 3.150 empreendimentos de 58 municípios potiguares. A Rota do Cordeiro, por exemplo, envolve 20 cidades do estado. Com o projeto espera-se fortalecer a atividade de produção de cordeiros e assim como outras atividades vinculadas a cadeia produtiva, como é o caso do beneficiamento de carne a distribuição comércio e as minifábricas de ração e gastronomia.

Ações no RN

Além da melhoria da gestão do empreendimento as ações de projeto também visam transferir tecnologia de baixo custo, como o reuso de água para produção intensiva de forragem no meio rural. A ideia é impulsionar a Rota do Cordeiro em âmbito do Turismo Regional e Nacional. 

O presidente do CDE do Sebrae-RN, Marcelo Queiroz, também reforçou a importância da parceria para o desenvolvimento local. “Acreditamos que o desenvolvimento local acontece com o fortalecimento das  potencialidades dos territórios e dos arranjos produtivos. Essas rotas e cadeias produtivas que o convênio vai englobar no nosso estado apresentam forte potencial de integração regional, sempre com o foco nos pequenos negócios”, avalia.

O diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, detalhou como será a execução do projeto-piloto no RN, que servirá de parâmetro  para outros estados explorarem as potencialidades locais. “Vamos ter brevemente reuniões com representantes de outros estados, começando pelo Nordeste, e depois com estados de outras regiões para implementar as ações que são eixos centrais desse acordo de cooperação técnica. A estimativa é que essas ações totalizem um investimento em torno de R$ 10 milhões", prevê Melo.

O diretor do Sebrae-RN antecipou que, entre as ações, também está prevista a implantação do projeto Cidades Empreendedoras em outros oito municípios do Rio Grande do Norte – iniciativa que será desenvolvida em conjunto com a Federação dos Municípios do RN (Femurn). Segundo Zeca Melo, a ação também vai potencializar o processo de obtenção do selo de Indicação Geográfica (IG) para o queijo do Seridó.

Na área e confecções o projeto vai atuar basicamente junto as oficinas de costura, visando diversificar as opções de serviços e ampliar o mercado para essas empresas, inclusive estimulando a produção de marcas próprias. Os empreendedores terão capacitações para desenvolvimento de novos modelos de negócio com foco no mercado digital e também na área de produtividade e inovação.

As ações voltadas para o setor de queijos principalmente da região do Seridó, abrangerão empreendedores de 16 municípios da região, com o objetivo de tornar o estado uma referência em produção de queijos regionais. Donos de laticínios, queijeiras e produtores de leite receberam consultorias técnicas para valorização de queijos artesanais, melhoria da qualidade do leite e prospecção de mercados diferenciados.

Já em relação ao mel, o trabalho será de ampliação da produção, produtividade e comercialização de produtos apícolas e meliponícolas em áreas que já produzem esses meles. O objetivo é gerar ocupação e renda de forma solidária e sustentável para atendimento do mercado interno e externo, além de integrar toda a cadeia produtiva e científica da meliponicultura e, por outro lado, conscientizar quanto à preservação do meio ambiente, conservação e recuperação do bioma da caatinga.

Voltar